GEO, ou Generative Engine Optimization, é a prática de otimizar conteúdos especificamente para mecanismos generativos de busca, como ChatGPT, Gemini, Bing AI, AI Overviews e outros sistemas de inteligência artificial que produzem respostas diretas aos usuários.
O conceito de GEO ganhou corpo acadêmico no final de 2023, com pesquisadores das universidades de Princeton e Georgia Tech publicando o estudo “GEO: Generative Engine Optimization”. O trabalho introduziu o termo Generative Engines para diferenciar esses sistemas dos buscadores convencionais.
Como o GEO gera acessos para os sites
O GEO cria oportunidades de tráfego e visibilidade por meio de três formas principais:
- Citação direta: quando a IA entende que seu conteúdo responde diretamente a uma pergunta e o menciona como fonte na resposta;
- Menção de marca: quando a empresa ou produto é incluído em listas, rankings ou recomendações geradas pela IA, especialmente em buscas transacionais;
- Sugestão de clique: quando o mecanismo indica o link do seu site como opção para o usuário se aprofundar no assunto, aumentando a chance de visita e conversão.
Os pilares do GEO
O GEO é sustentado por quatro pilares fundamentais, que combinam qualidade de conteúdo, autoridade e experiência do usuário:
Conteúdo estruturado e confiável
Materiais claros, originais e bem referenciados têm mais chance de servir como base para respostas de IA. É importante evitar conteúdos superficiais ou totalmente gerados por IA sem revisão humana.
Autoridade semântica
A autoridade semântica envolve demonstrar conhecimento profundo sobre um tema, cobrindo diferentes aspectos, variações de busca e contextos relacionados. Sites com autoridade semântica fornecem respostas completas e coerentes, que permitem que os mecanismos de IA reconheçam o conteúdo como confiável e relevante para múltiplas perguntas dentro de um mesmo tópico.
Reputação digital
A reputação digital envolve menções em sites de terceiros, consistência da marca e atuação em múltiplos canais, como redes sociais, blogs e marketplaces. Quanto mais sólida e confiável for essa presença, maior a probabilidade de mecanismos de IA reconhecerem seu site como uma fonte de referência, aumentando as chances de ser citado em respostas geradas.
Experiência do usuário (UX)
A experiência do usuário refere-se à facilidade de navegação, clareza na apresentação do conteúdo e utilidade prática. Sites com boa UX permitem que os visitantes encontrem informações rapidamente, entendam o conteúdo sem esforço e tenham uma experiência agradável, o que aumenta a probabilidade de retenção e engajamento.
EEAT (Expertise, Authoritativeness, Trustworthiness)
EEAT avalia a autoridade, credibilidade e confiabilidade do conteúdo e do autor. Conteúdos produzidos por especialistas, com fontes verificáveis e informações precisas, são mais propensos a serem reconhecidos pelas IAs como confiáveis, aumentando as chances de o site ser citado em respostas geradas.
GEO no contexto atual da IA
É natural se perguntar se o GEO não é apenas SEO com outro nome. De fato, muitas práticas se sobrepõem, mas o termo surgiu para diferenciar e facilitar discussões sobre otimização para ambientes generativos.
Principais pontos de atenção:
- IA como primeira resposta: usuários recebem resumos e listas prontas, o que reduz o volume de cliques em sites, mas aumenta a importância da menção direta;
- Concorrência pela menção: ser a fonte escolhida pela IA pode ser tão relevante quanto estar em primeiro lugar no ranking tradicional;
- Adoção em múltiplas plataformas: o GEO não se limita a buscadores; também é aplicável a chatbots, marketplaces, assistentes de voz e outros sistemas de IA generativa;
- Integração com SEO: o futuro do tráfego orgânico dependerá da combinação entre otimização para buscadores tradicionais e otimização para mecanismos generativos.