A prática de melhorar a visibilidade de forma orgânica, aumentando as chances de um site aparecer nas primeiras posições sem custo direto por clique, é chamada SEO (Search Engine Optimization) e faz parte do marketing digital.
Com o avanço das tecnologias de busca e da inteligência artificial, o SEO também deve considerar novos modelos de interação, como o GEO (Generative Engine Optimization), um tema relacionado que explora a integração com sistemas de IA, como ChatGPT e Gemini, que geram respostas diretamente nas buscas.
Como o SEO traz acessos orgânicos aos sites
O SEO atua aumentando a probabilidade de um site aparecer entre os primeiros resultados da SERP quando alguém pesquisa termos relacionados ao seu segmento. Para ranquear os sites que respondem às dúvidas das pessoas, os algoritmos de busca analisam centenas de fatores, geralmente organizados em dois grupos principais:
- Relevância: refere-se ao valor do conteúdo para o usuário, ou seja, o quanto o conteúdo atende à intenção de busca e resolve a dúvida ou necessidade dele;
- Autoridade: avalia a reputação digital do site, considerando tanto a quantidade quanto a qualidade de backlinks de outros sites que referenciam o seu conteúdo.
Os pilares do SEO
O SEO é composto por várias estratégias e práticas essenciais para garantir um bom ranqueamento e tráfego orgânico. Vamos entender os principais pilares do SEO:
SEO on page
SEO on page refere-se ao conjunto de intervenções aplicadas diretamente nas páginas de um site — conteúdo, marcação semântica e elementos técnicos, com o objetivo de elevar sua relevância e desempenho nas SERPs. Alguns exemplos disso são:
- Produção de conteúdo otimizado para palavras-chave e intentos de busca específicos;
- Melhorias na arquitetura do site, como uma navegação eficiente e links internos bem distribuídos.
- Páginas criadas com foco nas necessidades do público, assegurando que o conteúdo esteja alinhado com o que os usuários realmente buscam.
SEO off page
Refere-se a todas as ações feitas fora do site para aumentar sua autoridade. Alguns exemplos incluem:
- Guest posts: produção de conteúdo em sites de terceiros para aumentar a visibilidade e autoridade;
- Backlinks: links publicados em outros sites que direcionam os usuários para o seu, fortalecendo sua autoridade;
- Menções e citações de marca: o reconhecimento da sua marca em outros sites e redes sociais, que mesmo sem backlinks também contribui para a autoridade.
UX (User Experience):
A experiência do usuário é um conjunto de práticas que tornam a navegação mais fácil, rápida e agradável. Quando os visitantes entendem o conteúdo, encontram o que procuram e conseguem interagir sem fricção, eles passam mais tempo no site e voltam mais vezes.
Os principais fatores de UX que influenciam a performance de SEO são:
- Legibilidade e design: o layout deve ser claro, com textos legíveis e um design que facilite a navegação;
Velocidade de carregamento do site: sites rápidos oferecem uma navegação mais fluida;
- Responsividade: o site precisa ser compatível com dispositivos móveis;
- Eficiência de navegação: com links internos bem estruturados e fácil acesso às informações.
O que o SEO não é?
É comum que SEO seja confundido com outras estratégias. Por isso, é importante esclarecer o que SEO não é:
- SEO ≠ SEM (Search Engine Marketing): o SEM envolve mídia paga, como anúncios do Google Ads, enquanto o SEO é voltado para tráfego orgânico. O SEO foca em melhorar a presença de um site, sem pagar por cliques;
- SEO ≠ Marketing de Conteúdo: enquanto o marketing de conteúdo foca na criação de materiais que atraem e engajam o público, o SEO utiliza esses conteúdos de forma estratégica, planejando-os para melhorar o ranqueamento nos mecanismos de busca;
- SEO ≠ CRM (Customer Relationship Management): o CRM é uma estratégia de gestão do relacionamento com o cliente, enquanto o SEO foca na atração de tráfego para o site antes que esses visitantes se tornem leads ou clientes.
SEO após mudanças causadas pelas IAs
O SEO passou por transformações significativas com o advento da inteligência artificial, especialmente com o crescimento dos modelos generativos.
IAs generativas, como o ChatGPT ou Gemini, permitem que usuários façam consultas complexas e conversacionais, não necessariamente ancoradas em palavras-chave. As IAs geram respostas personalizadas diretamente na página de resultados, diminuindo a necessidade de cliques nos sites tradicionais.
Além disso, os textos gerados em massa começaram a ser questionados, e os buscadores passaram a priorizar conteúdos originais, confiáveis e que entregam uma verdadeira experiência ao usuário.
Essas mudanças no comportamento de busca levaram parte do mercado a especular sobre uma possível “morte do SEO”, sob o argumento de que a disciplina estaria presa a uma lógica de busca tradicional. No entanto, o que se observa é exatamente o contrário: o SEO segue tão ou mais relevante, já que as práticas consolidadas de otimização se mostraram eficazes também para o posicionamento dentro de IAs generativas.
Nesse contexto, surge o termo GEO (Generative Engine Optimization), adotado por membros da comunidade para descrever o uso das estratégias de SEO tradicional adaptadas ao novo ambiente, com foco especial em como os conteúdos podem ser valorizados e apresentados pelas inteligências artificiais.