SEO e mídia paga costumam operar como frentes separadas, com orçamentos, metas e times distintos. Mas essa divisão, ainda comum em muitas estratégias de marketing digital, esconde um custo invisível: a sobreposição de esforços, o desperdício de verba e a perda de oportunidades estratégicas.
Foi a partir desse cenário que a liveSEO propôs um experimento com a marca Granado: e se interrompêssemos os anúncios pagos para termos de marca que já ocupavam a primeira posição no orgânico? A resposta veio em dados e revelaram insights valiosos, que compartilhamos neste conteúdo.
No webinar de hoje, vamos apresentar um estudo sobre como a integração entre SEO e mídia paga não só evita canibalização, mas também aumenta a eficiência das campanhas e ajuda a reequilibrar o investimento em mídia com mais inteligência e retorno. Acompanhe a análise completa, veja os resultados do teste e descubra por que repensar a relação entre tráfego orgânico e pago pode transformar o desempenho da sua operação digital. Confira!
A transformação da SERP e o impacto do comportamento conversacional
Nos primórdios da web, os buscadores lidavam com palavras-chave soltas. Hoje, com modelos de linguagem mais avançados, o comportamento dos usuários evoluiu para um padrão conversacional. Buscas mais longas, específicas e estruturadas ganharam espaço, enquanto o Google passou a entregar respostas diretamente na página, o que chamamos de zero cliques.
Essa mudança afeta, principalmente, as buscas informacionais. Dados internos da liveSEO e de mercado apontam que até 35% das buscas com esse perfil já não geram cliques, pois a resposta aparece diretamente na SERP. Por outro lado, buscas transacionais e termos de marca (branded searches) continuam performando bem, com menor impacto no CTR. Nesse cenário, surge o Generative Engine Optimization (GEO), a otimização voltada a esse novo modelo de entrega de conteúdo via IA generativa. Acesse e entenda mais!
O custo invisível da sobreposição entre SEO e mídia paga
No cenário atual, em que o clique está cada vez mais caro e o orçamento de mídia é limitado, manter campanhas pagas ativas para termos em que a marca já ocupa a primeira posição no orgânico pode significar um desperdício considerável de verba. Esse é o ponto central do nosso estudo.
Durante o teste realizado com a Granado, uma marca com forte autoridade digital, pausamos campanhas pagas para termos de marca já bem posicionados no orgânico — o que tradicionalmente seria considerado um risco. A hipótese era clara: a marca já era suficientemente reconhecida e ranqueada a ponto de capturar o clique mesmo sem o apoio da mídia paga.
Os dados confirmaram a tese: em um cenário de 52 dias de acompanhamento, o canal orgânico passou a gerar mais receita diária do que o CPC. Isso não apenas validou a sinergia, como também revelou uma oportunidade de reorganizar o investimento publicitário de forma mais estratégica.
A raiz do problema: silos de marketing e falta de alinhamento
Grande parte do desperdício observado em operações digitais não vem de má execução, mas sim da falta de comunicação entre times de performance. Quando SEO e mídia paga atuam de forma isolada, com KPIs e metas desconectadas, surgem problemas como:
- Canibalização de resultados: a marca compete com ela mesma nos resultados da SERP;
- Duplicação de custos: paga duas vezes pelo mesmo clique;
- Fragmentação da experiência de marca: abordagem incoerente entre os canais;
- Perda de oportunidades: dados valiosos de um canal não são aproveitados no outro.
Esse cenário é alimentado por estruturas operacionais em silos, onde cada time ou agência trabalha com sua própria lógica, muitas vezes sem visibilidade do que o outro está fazendo.
Quer evitar concorrência entre suas próprias páginas no Google? Descubra no post o que é canibalização de keyword, como identificar esse erro comum e proteger sua performance orgânica.
Um modelo integrado de gestão de canais
O que o caso Granado mostra, com dados concretos, é que a integração entre os canais orgânico e pago permite uma gestão mais inteligente do orçamento de mídia. Quando os times compartilham informações, é possível:
- Redirecionar o investimento de mídia para palavras-chave que ainda não têm boa performance no orgânico;
- Incorporar, ao planejamento de SEO, termos que já demonstram alta conversão via mídia paga;
- Manter uma experiência de marca coesa em todos os pontos de contato com o usuário;
- Priorizar o tráfego qualificado e o ROI, em vez de métricas de vaidade.
Esse modelo não elimina a necessidade de mídia paga, ele a reposiciona. O objetivo é simples: maximizar o retorno total da operação digital, considerando a atuação conjunta dos canais.
O caso Granado: como dobrar o faturamento sem aumentar o orçamento
A Granado é uma marca com forte presença orgânica e campanhas ativas no Google Ads para o próprio nome. O desafio apresentado à equipe da liveSEO foi direto: seria possível aumentar o faturamento sem elevar o investimento?
A hipótese era que pausar os anúncios pagos para buscas como “Granado” não impactaria negativamente as conversões. Pelo contrário: poderia destacar ainda mais a força do canal orgânico, aumentando sua participação na receita.
Com o apoio do time técnico e de conteúdo, a metodologia definida incluiu KPIs claros, acompanhamento em tempo real e dashboards integrados. O objetivo era comparar o comportamento do tráfego e das conversões durante a pausa controlada das campanhas.
A integração entre SEO e mídia paga exige observar esse cruzamento com cuidado, especialmente em termos branded. Um bom começo é usar ferramentas para monitorar a SERP, entendendo quais resultados aparecem para suas palavras-chave de marca.
Como o experimento foi planejado?
O teste começou com uma previsão de duração de 8 dias, mas os bons resultados iniciais fizeram com que fosse estendido para 44 dias. Os termos escolhidos foram palavras de marca com bom posicionamento orgânico. A pausa foi realizada apenas nas campanhas exatas, mantendo outras modalidades ativas.
Durante todo o estudo, fizemos acompanhamentos com dashboards diários que cruzavam dados do Search Console, Google Ads, Google Analytics e o CRM da empresa. Essa visão integrada ajudou a entender o impacto real nos resultados de forma fidedigna.
O que acontece quando pausamos campanhas para o nome da marca?
Durante os 44 dias de observação, os resultados foram evidentes. O tráfego orgânico cresceu mais de 50% e a receita gerada por esse canal passou de 15% para 41%. Mesmo com a suspensão de anúncios exatos, a performance geral do site não caiu, pelo contrário: a receita incrementada no orgânico superou a queda da receita do tráfego pago em 50%.
O CPC médio pago também diminuiu, e a verba antes usada para defender termos já consolidados foi redirecionada para buscas mais competitivas. Vale citar que o teste não foi isento de desafios. Durante a pausa, um site fraudulento começou a anunciar para o nome da marca, forçando uma reativação temporária.
Isso mostra a importância do acompanhamento constante e da capacidade de reação rápida. Para empresas que trabalham com performance digital e alto volume de buscas, esse tipo de teste pode ser muito revelador. Com dados e cuidado, é possível economizar e melhorar a performance ao mesmo tempo.
Esse tipo de análise só é possível quando SEO e Ads trabalham juntos, com ferramentas compartilhadas e objetivos bem alinhados. A leitura isolada dos canais é um erro comum em empresas que ainda enfrentam dificuldade para integrar suas estratégias de marketing digital.
Quais foram os aprendizados do teste Granado?
A primeira constatação é que a suspensão de campanhas para termos de marca pode gerar economia sem queda de receita. O segundo aprendizado é que a integração entre canais melhora a performance geral. Com times de SEO e mídia paga alinhados, fica mais fácil de reagir rápido, redistribuir verba e entender o comportamento real do consumidor no funil de vendas.
O terceiro ponto é que o SEO pode impactar diretamente os resultados pagos. Um site com boa performance orgânica tende a ter melhores índices de qualidade nos anúncios, o que reduz o CPC e melhora a posição. Ou seja, Google Ads e SEO não são concorrentes, eles se fortalecem mutuamente.
Sua empresa está pronta para esse tipo de teste?
Antes de repetir o experimento da Granado, é preciso avaliar o contexto da sua marca. É fundamental que o site já tenha uma boa autoridade orgânica e esteja bem posicionado para buscas branded.
Campanhas sazonais, lançamentos ou marcas novas não representam o melhor momento para testar essa abordagem. Além disso, é importante observar o cenário competitivo: marketplaces, revendedores e concorrentes diretos podem tentar ocupar o espaço deixado pela sua marca.
O uso de ferramentas que cruzem tráfego pago e tráfego orgânico ajuda a visualizar esse risco. Além de uma decisão técnica, o teste precisa ser estratégico.
Passo a passo: saiba como reproduzir o teste com segurança na sua empresa
Antes de implementar qualquer ajuste em suas campanhas, é fundamental estruturar o teste com base em dados e controle. No experimento com a Granado, esse cuidado foi o que garantiu decisões seguras e mensuráveis, sem colocar o faturamento em risco. A ideia aqui não é desligar tudo de uma vez, mas seguir uma lógica gradual, com acompanhamento diário e visibilidade total dos resultados.
Se sua marca já tem presença sólida nas buscas de marca, vale aplicar o modelo abaixo para entender, na prática, se vale mesmo a pena continuar investindo em termos que o orgânico já domina.
- Liste os termos branded em que sua marca aparece entre os 3 primeiros resultados orgânicos;
- Colete dados do Search Console, Google Ads, Google Analytics e, se possível, do seu SEO e CRM;
- Crie um dashboard de acompanhamento com foco em sessões, conversões, CPC e ROAS;
- Pause os termos exatos no Google Ads por 7 dias (monitorando diariamente);
- Analise o comportamento do tráfego, a queda ou não da receita e o impacto no CPC;
- Ajuste sua estratégia com base nos dados reais. O teste pode ser retomado em ciclos, com pausas programadas.
Esse pequeno guia ajuda a tomar decisões mais confiáveis e a evitar desperdícios em campanhas com baixa necessidade de defesa. A experiência da Granado mostra que integrar SEO e mídia paga é uma das formas mais inteligentes de ampliar resultados sem aumentar o orçamento. Com testes bem planejados, dados compartilhados e times alinhados, é possível otimizar campanhas, melhorar a experiência do usuário e ampliar a presença da sua marca.
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